Em sua coluna "Lugar de Arte", a artista comentou sobre seu carinho pelo bordado e as infinitas possibilidades de trabalhar com este estilo de costura
LÚ GASTAL para MANEQUIM nº 736 Publicado quinta 25 março, 2021
Tenho uma lembrança muito presente da minha infância, uma “roupa de domingo”, cuja gola da camisa tinha uns bordados à mão com delicados pontinhos em nó francês. O encantamento era tentar puxar aquela bolinha colorida, lindamente trabalhada na fibra do tecido.
De todas as artes manuais, o bordado, talvez, seja o mais atemporal. Registros demonstram sua presença desde a pré-história, quando nossos ancestrais utilizavam agulhas produzidas com ossos e fios feitos de fibras vegetais para bordar ponto cruz em suas vestes.
Diferentemente de outras técnicas têxteis, o bordado não se originou de função utilitária; ele sempre foi usado para decorar objetos e roupas. É verdade que, atualmente, há equipamentos supermodernos capazes de bordar com fios finíssimos, mas uma coisa é certa: um trabalho feito à mão encanta o coração das pessoas mundo afora.
Com agulhas de diversas espessuras, é possível bordar com fio de algodão, linho, ráfia, náilon, seda, pedrarias... Desafio você a escrever a hashtag #bordadoamao nas redes sociais para conferir as infinitas sugestões bacanas que vão aparecer! Dentre elas, uma que arranca meus suspiros é a versão com bastidor de madeira – aquele aro que nossas avós usavam como suporte para bordar.
Além de ajudar a firmar o tecido e facilitar o ir e vir da agulha, o bastidor também assumiu a função de emoldurar diferentes criações. E como a arte não tem limite, há trabalhos que unem ao bordado pinceladas de aquarela para produzir imagens surpreendentes, que trazem alegria à alma!
Confira algumas imagens:
Último acesso: 14 Apr 2021 - 14:36:31 (1044043).